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CULTURA E ANCESTRALIDADE

Governo do Amapá acompanha execução de projetos de matriz africana contemplados pelo edital Mãe Dulce 

Sob gestão da Fundação Marabaixo, a iniciativa inédita fomenta 24 propostas em três categorias, com investimentos de R$ 3 mil a R$ 10 mil.

Por Gabriel Penha
21/02/2025 09h30
Equipe Técnica da Fundação Marabaixo em visita ao Terreiro de Candomblé de Iansã Onirã

O Governo do Amapá realiza o acompanhamento da execução dos projetos contemplados pelo edital Mãe Dulce, geridos pela Fundação Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo). A iniciativa inédita contemplou 24 propostas de casas de religiões de matriz africana, com investimentos total de R$ 150 mil.

Os projetos têm como foco a regularização de casas de terreiro, realização de exposições, oficinas e festivais afro-religiosos e atividades socioculturais, além da manutenção e revitalização de espaços de terreiro, bem como a aquisição de instrumentos. As ações foram divididas em três categorias com valores de R$ 3 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil, pagos aos contemplados em dezembro de 2024.

Edital fomenta ações e projetos desenvolvidos em casa de matriz africana

Uma das contempladas foi a mãe de santo Ivananci de Alcântara, a Mãe Vanda de Oyá. O valor recebido está sendo usado para a regularização documental do Terreiro de Candomblé de Iansã Onirã, no bairro Novo Horizonte, Zona Norte de Macapá. A casa é uma das mais antigas da capital, fundada em 1989. Atualmente, o espaço desenvolve o projeto “Costurando o Futuro”, no qual são confeccionadas peças de roupas para ajudar os integrantes da casa.

“A iniciativa beneficia várias casas e traz o fortalecimento. Com certeza, esse edital merecer ter continuidade e virar uma ação permanente. É um instrumento que veio para fortalecer as religiões de matriz africana e reforçar a luta contra o preconceito e a intolerância religiosa”, destaca a sacerdote Mãe Vanda.  

Mãe Vanda de Oyá, uma das contempladas do edital Mãe Dulce

No bairro Ilha Mirim, também na Zona Norte, o contemplado foi o Instituto Rumpilê. Lá, o ogã Humberto de Morais, o Passarinho de Oxalá, explica que os investimentos são para a revitalização física do espaço, com a construção de uma estrutura que inclui uma cobertura.

Visita da equipe ao Instituto Rumpilê, no bairro Ilha Mirim

“Aqui, trabalhamos com oficinas de confecção de instrumentos e aulas de percussão para crianças e adolescentes. O edital veio para fortalecer e permitir a continuidade de nosso trabalho aqui, pois não teríamos condições de fazer essa estrutura sem esse aporte financeiro. Somos gratos ao Governo do Estado, por apoiar e caminhar junto conosco”, ressalta Morais.

Visita da equipe ao Instituto Rumpilê, no bairro Ilha Mirim

A diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, afirma que a equipe técnica da pasta está fazendo o acompanhamento das ações, com o objetivo de fazer uma segunda edição do Edital Mãe Dulce, ainda mais assertiva, que deverá ser lançado no segundo semestre deste ano.

Diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos

“Além de fomentar, fazemos o acompanhamento das ações contempladas e recebemos sugestões dos proponentes. Sempre reiteramos que o Mãe Dulce é um edital histórico, dentro da política de valorização do governador Clécio Luís, que apoia todos os segmentos culturais”, destaca Josilana Santos.

O nome do edital é homenagem à saudosa Dulce Costa Moreira, a Mãe Dulce, uma das pioneiras da cultura afro-religiosa no Amapá. Ela tocou pela primeira vez o Tambor de Mina no Amapá em 8 de maio de 1962, data que é celebrado o Dia Estadual dos Cultos Afro-Religiosos.

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