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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Com 168 alunos, escola da comunidade do Carvão recebe conferência infantojuvenil pelo meio ambiente promovida pelo Governo do Amapá

Conferência marca a inclusão das escolas do campo nas discussões sobre justiça climática e reforça o compromisso da rede estadual com a educação ambiental, equidade e sustentabilidade.

Por Breno Pantoja
14/05/2025 14h09
Ação faz parte de um movimento estadual que envolve 119 escolas e impactan mais de 20 mil estudantes

A Escola Família Agroextrativista do Carvão, localizada na comunidade do Carvão, distrito de Mazagão, recebeu nesta terça-feira, 13, a Conferência Escolar Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. A ação é promovida pelo Governo do Amapá e integra a etapa escolar da conferência estadual, com o objetivo de ampliar o debate sobre justiça climática, sustentabilidade e o protagonismo juvenil na construção de soluções ambientais.

Com 82 alunos do ensino fundamental e 86 no médio, a escola adota a pedagogia da alternância, um modelo que intercala momentos de formação na escola e nas comunidades. A unidade atende 51 localidades de seis municípios e dois estados, Amapá e Pará, sendo uma das mais importantes instituições de educação do campo da região.

Programação reuniu cerca de 168 alunos para debate sobre justiça climática e o meio ambiente

Coordenada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), o evento, além das discussões sobre o meio ambiente, contou com uma programação diversificada de oficinas e atividades culturais, como apresentações teatrais e declamação de poemas, atividades essas que envolveram os estudantes em dinâmicas criativas e expressivas, promovendo a sensibilização ambiental a partir da arte e da cultura. O professor de Biologia Janilson Leão, coordenador da conferência na escola, destacou o protagonismo dos estudantes e a importância de incluir as escolas do campo no debate ambiental.

“É muito importante que essas escolas também tenham voz dentro das propostas que estão sendo construídas. Levar e compartilhar o que estamos desenvolvendo é essencial para representar nossos estudantes”, afirmou.

O professor de Biologia Janilson Leão

Janilson também ressaltou como os saberes tradicionais das comunidades ribeirinhas foram incorporados ao projeto apresentado. Segundo ele, a proposta está ligada à dinâmica da natureza, à dispersão natural das sementes com as marés, algo que a comunidade vivencia. Esses saberes, muitas vezes vistos como simples ou descartáveis, ganham valor quando inseridos no contexto da sustentabilidade e da economia solidária.

A chefe da Unidade de Educação Ambiental da Seed, Carla Nobre, reforçou a relevância de levar a conferência a escolas mais afastadas dos centros urbanos. Ela também destacou que o momento é estratégico para o debate ambiental.

A chefe da Unidade de Educação Ambiental da Seed, Carla Nobre

“Aqui impactamos não só alunos, mas diversas comunidades ao mesmo tempo. Estamos vivendo uma crise climática, e com a COP 30 marcada para acontecer na Amazônia, é essencial dar espaço para que nossos estudantes reflitam e proponham soluções para os problemas locais e globais”, ressaltou Carla.

A gerente do Núcleo de Educação do Campo da Seesp/Seed, Eliana Lourenço, pontuou que a atividade dialoga diretamente com os territórios e a realidade dos estudantes.

“Essa escola tem uma forte conexão com o meio ambiente e com a vida das comunidades. Discutir sustentabilidade aqui é falar de vida, de modos de existir e resistir, de construir um projeto de educação que respeita o território e os povos que nele vivem”, explicou a gerente.

A gerente do Núcleo de Educação do Campo da Seesp/Seed, Eliana Lourenço

Já Dalva Miranda, presidente da Associação Nossa Amazônia (Anama) e mantenedora da escola, destacou a importância simbólica da programação.

Dalva Miranda, presidente da Anama

 “A educação transforma vidas. Estou há 20 anos como voluntária dessa escola porque acredito nesse projeto. E ver uma política pública da educação chegar com a mesma força nas escolas do campo é motivo de gratidão. E como a natureza nos ensina, a água não separa, água nos une”, destacou Dalva emocionada.

A conferência é a primeira realizada na história da instituição de ensino, e faz parte de um movimento estadual que envolve 119 escolas, impactando mais de 20 mil estudantes em todos os 16 municípios do Amapá. Cada escola realiza sua etapa local, seleciona representantes para a etapa estadual, e, ao final, 12 estudantes, 1 professor, 2 acompanhantes de estudantes indígenas e Pessoas com Deficiência (PCDs) e 2 membros da Comissão Organizadora Estadual irão compor a delegação amapaense que participará da Conferência Nacional em outubro, em Brasília. 

O encerramento contou com a eleição do projeto Rios e Sementes: Uma Jornada Sustentável, com foco na Educação ambiental nas escolas ribeirinhas da foz do Amazonas, economia solidária da floresta como alternativa sustentável e na dinâmica das marés e dispersão de sementes e da delegada da escola, que será representado pela estudante Catrine Oliveira com orientação do professor Janilson Leão representando o compromisso dos alunos com a construção coletiva de soluções para o futuro sustentável da região.

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ÁREA: Educação