Governo do Amapá e Anater promovem curso de ATER Socioambiental para Famílias Indígenas em Oiapoque
Os participantes aprendem metodologias e técnicas de diagnóstico para identificar famílias que se enquadram no Programa ATER, nas cinco regiões indígenas do município.

O Governo do Amapá e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), realizam, entre os dias 14 e 18 de julho, o Curso Instrumental de ATER Socioambiental para Famílias Indígenas, no município de Oiapoque. A capacitação tem como objetivo fortalecer práticas sustentáveis e promover o desenvolvimento socioambiental entre os povos originários da região.
A formação é voltada para os Agentes Ambientais Indígenas (Agamins), e para técnicos do Instituto de Extensão Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap). O aprendizado será levado por esses profissionais qualificados para os agricultores e indígenas que estão no campo.
Durante a capacitação, os participantes irão aprender metodologias e técnicas de diagnóstico territorial para identificar, nas cinco regiões indígenas do Oiapoque, as 400 famílias que se enquadram no Programa de ATER Indígena e Fomento Produtivo.
O curso tem foco na construção participativa de projetos produtivos, com alternativas à produção de mandioca, severamente impactada pela praga vassoura-de-bruxa. Entre as alternativas discutidas estão o cultivo de banana, melancia e o incentivo ao empreendedorismo com o artesanato indígena.

Após o curso, cada uma das 400 famílias atendidas poderá acessar até R$ 4,6 mil para executar os projetos, com acompanhamento técnico dos Agamins e do Rurap. O curso é parte de uma política pública voltada para a autonomia e valorização dos povos indígenas.
“Essa formação representa um marco para o fortalecimento das comunidades indígenas, pois alia conhecimento técnico com valorização cultural e fomento direto à produção sustentável. A união entre os Agamins e nossos técnicos é fundamental para garantir resultados concretos”, afirmou o diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz.
Para o diretor administrativo da Anater, Camilo Capiberibe, a iniciativa é um exemplo de política pública inclusiva. “É um curso que prepara os agentes locais para atuar com as famílias indígenas, respeitando seus modos de vida e criando alternativas viáveis frente à crise na produção da mandioca. Estamos construindo soluções com os próprios protagonistas”, desse o diretor.

O Agamin participante, Vanderson Iaparra, representante da comunidade, também ressaltou a relevância da capacitação.
“É importante aprender essas técnicas para ajudar nossa comunidade a encontrar novos caminhos. A mandioca é a base da nossa alimentação e cultura, mas precisamos de novas opções para continuar vivendo bem em nossas terras”, declarou o indígena.
A instrutora do curso, analista técnica da Anater, Maria da Graça, enfatizou o caráter participativo da metodologia. “Trabalhamos com base no diálogo e na escuta ativa das comunidades, respeitando seus saberes e propondo soluções que possam ser aplicadas de forma concreta. O protagonismo dos Agamins é essencial nesse processo”, reforçou.
A ação representa mais um passo no fortalecimento das políticas públicas voltadas para a inclusão produtiva e valorização dos povos originários no estado do Amapá.
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