Bolsa Verde fortalece famílias da Resex Cajari e reforça compromisso global com a Amazônia na 54ª Expofeira do Amapá
O encontro, realizado no auditório da fazenda-escola do Rurap no Parque de Exposições, reuniu agricultores beneficiados que puderam trocar experiências e aprofundar conhecimentos sobre o projeto.

Durante a programação da 54ª Expofeira do Amapá, o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap) realizou uma roda de conversas sobre a execução do Programa Bolsa Verde na Reserva Extrativista (Resex) do Cajari. O encontro, realizado no auditório da fazenda-escola do Rurap, reuniu agricultores beneficiados que puderam trocar experiências e aprofundar conhecimentos sobre o projeto.
Mais do que um benefício social, o Bolsa Verde é um instrumento de transformação. O programa, do Governo Federal, apoia famílias que vivem em áreas protegidas e que fazem da floresta o seu lar e também o seu sustento. No Amapá, cerca de 900 famílias da Resex do Cajari serão acompanhadas com assistência técnica e extensão rural, promovendo a inclusão socioprodutiva e reforçando a conservação ambiental.
O investimento é robusto: R$ 11 milhões serão aplicados nos próximos 15 meses no Amapá e no Pará. Cada família beneficiária recebe R$ 2.400 por ano, valor que simboliza o reconhecimento pela contribuição que esses extrativistas oferecem à preservação dos biomas, às águas e à biodiversidade.
A importância do Bolsa Verde transcende fronteiras. Em tempos de mudanças climáticas e desafios ambientais globais, a proteção da Amazônia é uma pauta que interessa ao mundo inteiro. A floresta amazônica é peça-chave na regulação do clima, no equilíbrio dos ecossistemas e na manutenção da vida no planeta. Ao apoiar comunidades tradicionais, o programa valoriza saberes ancestrais e fortalece práticas sustentáveis, mostrando que é possível conciliar preservação ambiental com desenvolvimento humano.
Para o agricultor ou pescador que vive na Resex Cajari, cada ação de manejo sustentável representa dignidade, oportunidade e futuro. Para o Brasil e para o planeta, significa esperança de manter viva a maior floresta tropical do mundo.

No debate, o diretor-presidente do Rurap, Kelson Vaz, explicou que o encontro tem um propósito muito claro: organizar dados, qualificar informações e melhorar a gestão. Não se consegue mais recursos apenas com pedidos. É preciso ter informações confiáveis para apresentar ao Governo Federal e garantir investimentos.
"Já são 600 famílias atendidas, em dois lotes, e recentemente entregamos o escritório do Buraco de Água Branca, que já está disponível para apoiar nossas equipes e parceiros. É um espaço público, fruto de recurso público, que deve servir a todos que atuam na unidade de conservação.

Em explanação o diretor financeiro da Anater, Camilo Capiberibe diz que o Governo Federal só firma parcerias quando reconhece a capacidade de execução, no Amapá temos uma equipe comprometida e preparada.
“O Bolsa Verde mostra a importância da governança e das parcerias. Aqui no Amapá conseguimos avançar com dois lotes já em execução e, em breve, os três estarão funcionando. Isso só é possível porque temos capacidade de gestão, assistência técnica qualificada e comunidades comprometidas em fazer esse programa dar certo”, explica Camilo.
O Bolsa Verde, portanto, é mais do que um programa: é um pacto entre as comunidades da floresta e a sociedade global em defesa da vida. Durante a roda de conversas, a extrativista Jesseca Santos, moradora da Resex Cajari, destacou a realidade vivida pelas famílias que dependem diretamente da floresta para sobreviver.

“Eu entendo que esse programa vem também subsidiar a nossa existência, trazer mecanismos para que a gente possa crescer para que tenhamos outras oportunidades de desenvolvimento dentro da nossa reserva”, afirmou.
A fala de Jesseca traduz a expectativa e a esperança das comunidades tradicionais de que o Bolsa Verde não seja apenas um auxílio financeiro, mas um caminho para transformar a vida das famílias e garantir a preservação da floresta.
A maior Expofeira de todos os tempos. Pra movimentar o Amapá!
Com o tema "Amazônia Sustentável e Desenvolvida", a 54ª Expofeira do Amapá iniciou no sábado, 30, e segue até 7 de setembro. Realizado pelo Governo do Estado e a Associação dos Músicos e Compositores (AMCAP), o evento é a maior edição da história, com uma área 46% maior que no ano passado. Com cerca de 482 empresas expositoras, a maior vitrine de negócios e oportunidades da Amazônia marca a geração histórica de 100.870 mil empregos formais no estado. São 20.637 mil novos empregados desde janeiro de 2023, um crescimento de 25% em dois anos e sete meses de gestão. Além disso, a 54ª Expofeira deve movimentar, em média, mais de R$ 600 milhões em negócios, impulsionando setores como agronegócio, energia limpa e empreendedorismo popular.
A programação é diversa, com mais de 500 atrações culturais, incluindo um Espaço Gastronômico, um Parque de Diversões e eventos esportivos. Para garantir a segurança dos visitantes, o efetivo foi reforçado em 35%. Além disso, estratégias de atendimento de urgência e emergência também são ampliadas. A feira sedia ainda a 1ª ExpoAmazônia, em preparação do Amapá para a COP30 com destaque ao potencial do estado no desenvolvimento sustentável e economia verde.
Com apoio cultural do presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre, e da Cervejaria Império, a programação também recebe shows nacionais gratuitos ao público. No line-up, foram confirmados artistas como Ivete Sangalo; Alexandre Pires; as duplas sertaneja Henrique & Juliano e Jorge & Mateus; Xand Avião, Manu Bahtidão; Léo Foguete; Cassiane e Maria Marçal. Além das bandas de forró Calcinha Preta e Limão com Mel; a banda de rock cristão Rosa de Saron; e o “Festival das Aparelhagens” com nove grupos do Amapá na Arena das Rainhas.
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