Empreendedores indígenas do Amapá e Norte do Pará têm retorno de mais de R$ 32,2 mil na 54ª Expofeira do Amapá
Entre turistas internacionais, nacionais e locais, mais de 3 mil pessoas passaram pela maloca dos Povos Indígenas no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá.
Colaboração de Dhiúlia Dhiordanny Melo Braga

Durante os nove dias da 54ª Expofeira do Amapá, maior evento de negócios da Amazônia, os povos originários do Amapá e Norte do Pará foram destaque nas vendas dos artesanatos. A programação trouxe um retorno de mais R$ 32,2 mil para os 20 empreendedores, resultado que reforça o potencial do artesanato indígena como fonte de geração de renda e o valor simbólico da produção artesanal enquanto elemento de
preservação cultural.
Entre turistas internacionais, nacionais e locais, mais 3 mil pessoas passaram pela maloca dos Povos Indígenas no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá. O espaço virou uma verdadeira vitrine de souvenirs tradicionais e diversos itens feitos pelos artesãos, como remos, os coloridos brincos de penas, pulseiras, colares, cuias e camisas.
“É o terceiro ano consecutivo dos povos indígenas na Expofeira e isso só reforça a valorização que o governador do Amapá, Clécio Luís, tem com o nosso povo. Esse evento foi uma verdadeira vitrine de oportunidades. Todas as etnias indígenas se sentiram satisfeitas pela participação, por venderem seus produtos e mostrar para o mundo por meio da arte e apresentações culturais as nossas riquezas e a relevância que temos ao preencher esse espaço. Os parentes que vieram de suas comunidades empreender voltaram para os seus territórios felizes pelo sucesso nas vendas, e isso nos faz entender que estamos no caminho certo dando oportunidades a essas pessoas”, afirmou a gestora da Secretaria de Estado Extraordinária do Povos Indígenas (Sepi), Sonia Jeanjacque.

Valorização cultural
Além da comercialização dos produtos, a maloca possibilitou que os visitantes vivessem uma experiência imersiva nos costumes indígenas, e uma das atrações de sucesso foram as pinturas corporais do grafismo dos povos Tiriyó, Kaxuyana, Galibi-Maworno, Karipuna, Palikur, Waiãpi, Tiriyó, Katxuyana, Waiana e Apalai atividade que reafirma e valoriza a identidade cultural dos originários. Também houve degustação das bebidas populares nas comunidades, como o caxixi, caxiri, sakura e aluá.
Ademais, este ano a maloca teve uma novidade, isso porque pela primeira vez veio a loja itinerante "Xandoca" do museu Kuahí, recentemente entregue reformado e modernizado pelo governador do Amapá, Clécio Luís, no município de Oiapoque. E um dos comercializadores foi o jovem Yan Ynoré, de 25 anos, da etnia Karipuna, da aldeia Santa Isabel, que fez sucesso ao vender os artesanatos para diversos turistas.

Premiação de projetos indígenas
Durante o evento, também foram entregues premiações para 20 escolas indígenas estaduais que valorizam a semana cultural em seus territórios. A premiação foi fruto do edital “Educação para o Bem Viver: apoio às comunidades indígenas pela equidade na educação”. O valor total do recurso foi de 100 mil, distribuídos em 5 mil para as instituições do Amapá e Norte do Pará.
O recurso é resultado do programa Amapá Afro, que visa à transversalidade em projetos, ações e políticas públicas executados pelo Governo do Amapá, seja em saúde, educação, cultura, assistência social e empreendedorismo, garantindo a melhoria das condições de vida e a consolidação do respeito, valorização e validação de direitos das comunidades tradicionais.

A maior Expofeira de todos os tempos. Pra movimentar o Amapá!
Com o tema "Amazônia Sustentável e Desenvolvida", a 54ª Expofeira do Amapá iniciou no sábado, 30 de agosto, e seguiu até o domingo, 7 de setembro. Realizado pelo Governo do Estado e a Associação dos Músicos e Compositores (AMCAP), o evento foi a maior edição da história, com uma área 46% maior que no ano passado. Com cerca de 482 empresas expositoras, a maior vitrine de negócios e oportunidades da Amazônia marca a geração histórica de 100.870 mil empregos formais no estado. São 20.637 mil novos empregados desde janeiro de 2023, um crescimento de 25% em dois anos e sete meses de gestão. Além disso, a 54ª Expofeira deve ultrapassar cerca de R$ 1 bilhão em negócios.
A programação foi diversa, com mais de 500 atrações culturais, incluindo um Espaço Gastronômico, um Parque de Diversões e eventos esportivos. Para garantir a segurança dos visitantes, o efetivo foi reforçado em 35%. Estratégias de atendimento de urgência e emergência também foram ampliadas. A feira sediou a 1ª ExpoAmazônia, em preparação do Amapá para a COP30 com destaque ao potencial do estado no desenvolvimento sustentável e economia verde.
Com apoio cultural do presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre, senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues, do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés, e da Cervejaria Império. O evento recebeu shows nacionais gratuitos ao público.
Confira como foram os shows da 54ª Expofeira do Amapá:
30 de agosto (sábado): Calcinha Preta e Limão com Mel
31 de agosto (domingo): Ivete Sangalo
1º de setembro (segunda): rock cristão com Rosas de Saron
2 de setembro (terça): noite gospel com Cassiane e Maria Marçal
3 de setembro (quarta): Alexandre Pires
4 de setembro (quinta): Henrique & Juliano e DJs KVSH e Liu
5 de setembro (sexta): forró piseiro de Léo Foguete e Manu Bahtidão
6 de setembro (sábado): Xand Avião e Festival das Aparelhagens
7 de setembro (domingo): Jorge & Mateus
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