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Amapá avança e Reserva do Rio Iratapuru se consolida em programa de áreas protegidas da Amazônia com recursos para conservação

Recurso de R$ 1,1 milhão do biênio 2026/2027 será aplicado em ações de fortalecimento da gestão territorial, monitoramento, proteção da unidade e incentivo à gestão participativa com as comunidades locais.

Por Alexandra Flexa
11/09/2025 18h01
RDS do Rio Iratapuru se consolida no Programa ARPA e garante R$ 1,1 milhão de recursos para o biênio 2026/2027

O Governo do Estado integrou a 1ª Oficina de Planejamento do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) para o biênio 2026/2027, sediada em Alter do Chão, no Pará, entre os dias 9 e 11 de setembro. O encontro reuniu gestores de Unidades de Conservação e pontos focais de diversos estados da Amazônia Legal, além de representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), ICMBio e Funbio, a finalidade foi alinhar estratégias e fortalecer a gestão das áreas apoiadas pelo Programa.

O Amapá esteve representado pela equipe da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), composta por Euryandro Costa, coordenador de Gestão de Unidades de Conservação e Biodiversidade e ponto focal do ARPA, Mairia Lopes, chefe da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru, e Grayton Toledo, gestor do Programa no estado.

“O Amapá cada vez mais vem atuando em várias frentes para reforçar a proteção de suas áreas verdes e das Unidades de Conservação, tudo isso aliado a um modelo de desenvolvimento que cuida das nossas florestas. A consolidação da RDS do Rio Iratapuru é uma conquista e um avanço muito importante para o nosso estado”, enfatizou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Taisa Mendonça.

Taisa Mendonça, secretária de Estado de Meio Ambiente

Durante a oficina, os técnicos da Sema trabalharam na definição de prioridades e conseguiram assegurar aproximadamente R$ 1,1 milhão em recursos para a gestão da RDS do Rio Iratapuru no próximo biênio. Esse montante será aplicado em ações de fortalecimento da gestão territorial, monitoramento da biodiversidade, revisão do Plano de Gestão, proteção da unidade e incentivo à gestão participativa com as comunidades locais — reconhecidas nacionalmente por suas práticas de sociobioeconomia e conservação.

Além da definição orçamentária, a programação do encontro incluiu debates sobre sustentabilidade financeira das UCs, marcos referenciais do ARPA e integração territorial entre áreas protegidas, além da apresentação do SAMGe Plan, ferramenta do ICMBio voltada ao aprimoramento do planejamento em Unidades de Conservação.

O encontro incluiu debates sobre sustentabilidade financeira das UCs, marcos referenciais do ARPA e integração territorial

Para Euryandro Costa, coordenador de Gestão de Unidades de Conservação e Biodiversidade da Sema, o resultado da oficina é decisivo para o fortalecimento e consolidação da RDS do Rio Iratapuru: “A RDS do Rio Iratapuru é um exemplo de que é possível conservar a floresta e, ao mesmo tempo, gerar renda de forma sustentável. Garantir mais de R$1 milhão para os próximos dois anos significa ampliar nossas ações de gestão, fortalecer o trabalho em parceria com as comunidades locais e consolidar o papel do Amapá como referência em conservação na Amazônia”, destacou.

A presença da equipe amapaense reforça o compromisso do Governo do Estado com a gestão qualificada das Unidades de Conservação estaduais e com a consolidação do ARPA, considerado a maior iniciativa de conservação de florestas tropicais do mundo.

O recurso será aplicado em ações de fortalecimento da gestão territorial e monitoramento da biodiversidade

A importância do ARPA e o protagonismo da RDS do Rio Iratapuru

Criada em 1997, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru é uma das mais importantes áreas de conservação do Amapá. Com cerca de 806 mil hectares, abrange os municípios de Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari e Mazagão, protegendo uma biodiversidade singular e garantindo meios de vida sustentáveis a comunidades tradicionais que vivem no seu entorno.

Sob a gestão da Sema e de um Conselho Gestor deliberativo, a RDS tem como missão conciliar a conservação da floresta com o uso sustentável de seus recursos naturais. Seu Plano de Manejo, já aprovado, orienta ações de proteção, pesquisa, educação ambiental e desenvolvimento sustentável.

A unidade é referência na integração entre conservação e geração de renda. Ali, comunidades extrativistas se dedicam à coleta e beneficiamento da castanha-do-brasil, produto de grande relevância econômica e social, e ao manejo do breu branco, vinculado a um contrato pioneiro de repartição de benefícios com a empresa Natura.

Amapá participa de Oficina de Planejamento do Programa Áreas Protegidas da Amazônia

Outro destaque é o monitoramento da biodiversidade realizado com base nos protocolos do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), que acompanha espécies de fauna e flora e contribui para a avaliação da efetividade da gestão.

Desde 2012, a RDS do Rio Iratapuru integra o Programa ARPA, iniciativa criada em 2002 que atualmente apoia 120 Unidades de Conservação na Amazônia, garantindo a proteção de mais de 60 milhões de hectares de floresta. No caso da RDS, o programa tem sido fundamental para viabilizar a implementação de seu Plano de Manejo e consolidar sua importância como exemplo de conservação aliada ao desenvolvimento sustentável.

A expectativa é que, em 2027, a unidade atinja a consolidação no Programa ARPA, por meio do cumprimento do Marco Referencial de Proteção e da efetiva execução de seu Plano de Proteção, assegurando a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades que vivem e preservam a região.

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