Estudantes cultivam aprendizado e inclusão em horta e jardim sensorial na Escola Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, em Macapá
Projetos de extensão da Universidade Federal do Amapá promovem sustentabilidade, educação ambiental e acessibilidade para alunos do AEE e turmas regulares.
Com as mãos cheias de curiosidade e a vontade de aprender mais sobre educação ambiental e alimentação saudável, estudantes do oitavo ano da Escola Estadual Professora Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, em Macapá, estão transformando o espaço escolar em um verdadeiro laboratório vivo de aprendizagem.
A escola desenvolve dois projetos que unem ciência, sustentabilidade e inclusão: a “Horta Pedagógica: Um Laboratório Vivo para Promoção da Aprendizagem Prática, Desenvolvimento de Habilidades, Alimentação Saudável, Consciência Ambiental e Interdisciplinaridade nas Escolas” e o “Jardim para Todos: Estratégia de Inclusão e Acessibilidade Escolar para Alunos do Ensino Educacional Especializado (AEE)", ambos iniciados em março e orientados por professores de Ciências da escola e acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amapá (Unifap).
As atividades acontecem semanalmente, às quartas e quintas-feiras, e têm como propósito integrar teoria e prática no ensino, incentivando hábitos alimentares saudáveis, o respeito à natureza e o cuidado com o ambiente escolar.
“O processo de transição é importante porque estamos mostrando para os alunos como se cuida de uma horta. Eles estão no oitavo ano e, no próximo, continuarão com o projeto. Queremos ampliar a variedade de hortaliças e utilizar os alimentos produzidos na própria escola, dentro do tema transversal da alimentação saudável”, explicou a professora de Ciências Maria Angélica Damasceno.
A horta foi construída com o uso de materiais recicláveis e hoje abriga espécies como tomate, cebolinha e coentro. Para os estudantes, a experiência de plantar, cuidar e observar o crescimento das plantas é também uma lição de paciência e de respeito ao meio ambiente.
“A gente planta, rega e vê as plantas crescerem. É muito legal ver o resultado, e eu espero que fiquem cheias de vida e deem frutos”, contou Emanuelli Melo, de 15 anos, estudante do oitavo ano.
Paralelo à horta, o Jardim Sensorial surgiu como uma proposta de inclusão voltada aos alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE).
O espaço foi montado com pneus, garrafas PETs e tintas recicláveis, e conta com plantas olfativas, táteis e visuais, que estimulam os cinco sentidos e tornam o aprendizado mais acessível e acolhedor.
“A ideia é criar um ambiente interativo e acessível, especialmente para alunos do AEE. Muitas vezes eles são excluídos, não por falta de vontade da escola, mas por ausência de espaços adequados. O jardim oferece texturas, aromas e cores que despertam os sentidos e permitem o aprendizado fora das quatro paredes”, destacou o acadêmico Felipe Cauê Santos Ribeiro, do 6º semestre de Ciências Biológicas da Unifap.
O projeto busca também valorizar o paisagismo e o bem-estar dentro do ambiente escolar. Segundo Felipe, a proposta é que o jardim se torne uma ferramenta permanente de ensino inclusivo, com futuras melhorias como a instalação de corrimãos e um pergolado para ampliar a acessibilidade e o conforto.
Ambos os trabalhos foram apresentados na 13ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap) e representam o compromisso da escola e da universidade com uma educação transformadora, que integra sustentabilidade, cidadania e inclusão.
“Quando tiramos a aula das quatro paredes e trazemos para um ambiente verde, o aprendizado se torna mais leve e mais humano. Essa é a essência da educação ambiental”, completou Felipe.
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