Pintura corporal com cores e ícones da Amazônia é atração no estande do Amapá na COP30
Artista amapaense Afrane Tavóra transforma visitantes em telas vivas e leva à conferência uma experiência que une arte, identidade e valorização da floresta.
Peixes, pássaros, rios e sementes - elementos que pertencem à floresta, mas ganham vida sobre a pele. No estande do Amapá, na COP30, essa experiência é possível graças ao talento do artista Afrane Tavóra, de 45 anos. Com canetas de cores vibrantes, ele transforma os visitantes em telas vivas, desenhando imagens e ícones populares da Amazônia.
Bacharel e licenciado em História, Afrane utiliza a arte como ferramenta de aprendizado. Inspirado pela arqueologia e pela história dos povos amazônidas, ele desenvolveu um estilo próprio de desenho, que transforma imagens em formas de contar histórias, valorizando a cultura, as pessoas e os lugares da região.
“Eu personalizei minha arte com a ideia de ‘tudo no todo’, uma forma de representar tudo o que existe na Amazônia - seus elementos, cores e histórias. Reúno tudo isso em uma linguagem visual que expressa nossa diversidade. Eu me identifico muito com esse trabalho, porque cresci na floresta e, por ser historiador, seguir essa linha me deixa muito feliz”, explicou Tavóra.
A estudante Vitória Madeira, de 20 anos, de Ananindeua, município do Pará, contou que enquanto acompanhava as palestras realizadas no estande, ficou encantada ao ver o artista em ação e decidiu participar, sendo recebida com simpatia e entusiasmo.
“Achei muito bonito e vi várias pessoas participando, então perguntei se eu também podia fazer. Ele foi muito receptivo e divertido, foi uma experiência muito legal. Eu não sabia do que se tratava o desenho, mas ele explicou que tinha muito a ver com a natureza e que cada ponto representava uma semente. Achei isso muito interessante, foi uma experiência muito, muito boa”, relatou Vitória.
Para participar da COP30, Afrane Tavóra contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O artista integra a delegação oficial do Amapá, composta por lideranças indígenas e quilombolas, representantes de startups, além de gestores do governo e membros da sociedade civil organizada.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou na segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 reúne lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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