Sustentabilidade e inovação no setor pesqueiro do Amapá são apresentadas na COP30
Projetos valorizam comunidades tradicionais e o uso eficiente dos recursos naturais.
O Governo do Amapá apresentou no centro das discussões internacionais projetos sustentáveis e voltados ao desenvolvimento econômico na Zona Verde da COP30, em Belém (PA). Os projetos envolvem o manejo de peixes, crustáceos e o aproveitamento de resíduos de pescado.
As iniciativas inovadoras do setor foram apresentadas pelo engenheiro Anderson Pantoja, da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq). As atividades têm três linhas estratégicas:
1. Manejo do pirarucu - Projeto Pirarucu no Lago: um exemplo de manejo sustentável de recursos naturais, que beneficia comunidades ribeirinhas e contribui para a conservação da biodiversidade amazônica.
2. Manejo do camarão-da-Amazônia na Foz do Rio Mazagão: um projeto que promove a gestão responsável dos recursos pesqueiros e apoia a geração de renda para comunidades tradicionais.
3. Programa de Aproveitamento de Resíduos do Pescado: uma iniciativa que visa reduzir o desperdício e promover a economia circular no setor pesqueiro, gerando benefícios econômicos e ambientais.
Esses projetos demonstram o compromisso da SEPAq com práticas sustentáveis, valorização das comunidades tradicionais e uso eficiente dos recursos naturais. O Amapá se posiciona como referência no cenário ambiental global, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente.
“Nosso objetivo é desenvolver e recuperar com sustentabilidade, garantindo a conservação de espécies, melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais e geração de renda”, destacou o engenheiro.
O Programa de Aproveitamento de Resíduos de Pescado, por exemplo, busca utilizar o potencial dos 500 km de costa do Amapá, rica biodiversidade e potencial, para economia circular. A meta é reutilizar cerca de 20 toneladas de resíduos de pescado descartados por dia para transformação de resíduos em ativos econômicos e sociais.
“Esse trabalho é parte do programa estratégico do Governo do Amapá e vem reforçar aqui na COP30 o objetivo do estado com práticas sustentáveis, valorização das comunidades tradicionais e uso eficiente dos recursos naturais, posicionando o Amapá como referência no cenário ambiental global”, enfatizou o secretário adjunto de pesca, Vinicius Melo.
Em ambos os projetos, os objetivos variam entre conservação ambiental e desenvolvimento social e econômico, preservação da cultura, recuperação de estoque e sistema sustentável de manejo comunitário.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) segue até esta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% do território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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