Agência de Notícias do Amapá
portal.ap.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
LOCALIDADES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A

Sesa busca parcerias para combate à dengue, chikungunya e zika

A ideia é frear a proliferação do Aedes aegypti, para evitar a transmissão das doenças.

Por Redação
07/12/2015 16h01
Preocupado com a chegada do período de chuvas e com os alertas do Ministério da Saúde (MS), o Governo do Estado do Amapá por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), busca parcerias com outros órgãos, mas principalmente com a população, para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e Zika Vírus.

Uma grande campanha será lançada em todo o Estado, sendo que o slogan será o mesmo usado pelo MS que diz: "Se o mosquito pode matar ele não pode nascer". A ideia é frear a proliferação do Aedes aegypti, para evitar a transmissão das doenças. Para isso a população será o principal combatente nesta luta, verificando diariamente em suas residências recipientes que possam servir de criadouros para o mosquito.
“O momento agora é de unir esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização”, disse Clóvis Omar, coordenador da CVS.
No Amapá os índices das doenças – segundo o Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN/MS), atualizadas no dia 1º de dezembro, foram notificados 4.057 casos de dengue, sendo 2.448 confirmados. Macapá (1.313); Oiapoque (320) e Mazagão (256) foram os municípios com maior número de casos positivos. 
Com relação a febre chikungunya, foram notificados 1.229 casos, com 1.009 confirmados. Já dados sobre o Zika Vírus, a CVS informou que apenas três casos foram notificados e nenhum deles confirmado. 
Os sintomas são parecidos para as três enfermidades e confunde muito a população. Porém, algumas diferenças podem distinguir uma da outra.

Dengue

A pessoa apresenta febre alta com início súbito; forte dor de cabeça; dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; perda do paladar e apetite; manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; náuseas e vômitos; tonturas; extremo cansaço e dor no corpo especificamente nos ossos e articulações.

Chikungunya

Também se verifica o surgimento de febre alta repentinamente; intensa dor nas articulações; cansaço excessivo; dores de cabeça constantes e erupções na pele. Algumas diferenças que se pode notar é hipersensibilidade à luz e a ocorrência de diarreia.
Outro fato observado é que normalmente, os sintomas da chikungunya, assim como os da dengue e zika, diminuem cerca de sete dias após o início do tratamento, mas o cansaço pode se manter por várias semanas e a dor no corpo e nas articulações pode permanecer por meses, podendo acometer a pessoa por até dois anos.

Zika vírus

Um dos diferenciais mais notados entre os sintomas do zika para os outros é a febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus). A doença apresenta também dor nas articulações mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço; dor muscular; dor de cabeça e atrás dos olhos; erupções cutâneas acompanhadas de coceira que podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés.
Porém, o zika pode também não apresentar sintoma algum, permanecendo no corpo do indivíduo. Outros sintomas, não tão frequentes, são observados para o zika: dor abdominal; diarreia; constipação; fotofobia; conjuntivite e pequenas úlceras na mucosa da boca.

Prevenção e mobilização

O período de maior risco de contágio da dengue, zika vírus e febre chikungunya aqui no Amapá é o chamado inverno, período das grandes chuvas, pois o Aedes aegypti, se reproduz em água parada e a melhor forma de evitar a transmissão das doenças é impedir a proliferação do mosquito.

Eliminando focos, como recipientes que possam acumular água, acondicionar bem o lixo doméstico, por areia nos vasos das plantas, manter caixas d’água fechadas, usar telas protetoras em portas e janelas, entre outros, são medidas que todos já sabem e que devem virar rotina no dia a dia do cidadão. 
“A população também deve ser um agente multiplicador para o combate ao vetor, já que em algumas vezes o criadouro está no lixo acumulado no seu próprio quintal ou vizinho. Precisamos estar atentos a estas medidas para evitar que o pior aconteça”, salientou Omar.

Relação entre zika e microcefalia

O Ministério da Saúde confirmou no último sábado, 28 de novembro, a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do MS em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê – que veio a óbito – nascido no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Nas amostras de sangue e tecidos foi detectada a presença do vírus zika. No Amapá, segundo informações do Hospital da Mulher Mãe Luzia não houve ocorrências de microcefalia em bebês nascidos no ano de 2015.
A microcefalia é um déficit do crescimento do cérebro do feto durante a gestação. A má formação é diagnosticada durante o pré-natal ou logo após o nascimento, quando o perímetro do crânio do bebê deve ter mais de 34 centímetros. Em 90% dos casos, a microcefalia pode causar atraso no desenvolvimento mental, dificuldades para enxergar e ouvir e distúrbios neurológicos.
Dados do Ministério da Saúde indicam que até 30 de novembro, o registro de 1.248 casos de microcefalia em 311 municípios de 14 Estados, número 20 vezes acima do normal. Pernambuco (646 registros); Paraíba (248); Rio Grande do Norte (79); Sergipe (77); Alagoas (59); Bahia (37); Piauí (36); Ceará (25); Rio de Janeiro (13); Tocantins (12); Maranhão (12); Goiás (2); Mato Grosso do Sul (1); Distrito Federal (1).

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Tá no ZAP ==> Entre no grupo de WhatsApp e receba notícias em primeira mão aqui!