Veja a dedicação, devoção e fé de quem acompanha São Tiago
Festividade completa 242 anos em 2019, e acontece de 16 a 28 de julho, em Mazagão Velho, no município de Mazagão.
O dia 25 de julho amanheceu com a Fabi da Silva passando nas casas das figuras, os personagens principais da Festa de São Tiago, para vesti-los para o início das encenações. Essa é uma tradição que já está na família há algumas gerações. Fabi assumiu essa responsabilidade há dois anos, depois da morte de sua mãe, Rosicema Viana.
Enquanto isso, pelo rio Mutuacá, que banha a Vila de Mazagão Velho, chegava o agricultor Sirlan do Carmo com toda a família. Vindos da região de Arangona, ilha do Pará, eles utilizaram o barco como hospedagem durante o período da festa. Os fiéis se reuniram em frente a capela para a tradicional Missa de São Tiago, que, simbolicamente, representa o início do dia da batalha entre mouros e cristãos. O bispo do Amapá, Dom Pedro Conti, aproveitou o momento para defender a preservação da festa como patrimônio social. “O patrimônio de uma família, de uma sociedade, não é simplesmente o patrimônio que se mede pelo dinheiro, mas, sim, aquilo que chamam de patrimônio social, que é o que precisamos resgatar. A festa é o exemplo visível e palpável de patrimônio social”. Em seguida, todos saíram em procissão. Alguns moradores montaram altares com a imagem dos santos em frente as casas e assistira à procissão passar. A estudante Ticiana Penha, que atualmente mora em Belém do Pará, todos os anos faz questão de participar da festa e montar o altar. O círio também é o momento de pagar algumas promessas, como foi o caso do pequeno Luan Trindade, de 10 anos. Quando ele nasceu, ficou um período na incubadora e a mãe rogou a São Tiago para que o filho fosse curado e que se isso ocorresse até os 10 anos ele distribuiria água durante a procissão de São Tiago. “Este é o último ano da minha promessa, como forma de agradecer”. Com a imagem do santo na mão por toda a procissão, Marivalda Barcelos também teve muito a agradecer. Ela se recuperou de um acidente vascular cerebral, e, pela 2ª vez, realizou o ato. “É muita fé e gratidão por esse momento”. Maria Monteiro, com fé, aguarda sua bênção. Ela levou uma fita para cada dor que sente: joelho, perna e costas. “Vim de Macapá para participar da missa, infelizmente não consegui acompanhar a procissão, mas estou aqui com essas fitas que representam as dores que sinto”. Após a missa, a família Soares aguardava o início da encenação da batalha no balneário. Com muitos turistas na vila, Rosalina Brito empreendeu de forma criativa. Os banhistas aprovaram! Os tambores chamavam a todos para assistir à batalha entre mouros e cristãos em Mazagão Velho!Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
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